quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

OS GARANHÕES NA IMPERIAL CIDADE

O Monsenhor Manuel Joaquim Gonçalves de Andrade, imediato de Dom Mateus de Abreu Pereira, IV bispo da Diocese de São Paulo, de quem era sobrinho, em 29 de agosto de 1822, perde Domitila de Castro Canto e Melo para Pedro de Alcântara Francisco Antonio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança Bourbon. Quem era ele? O príncipe regente D. Pedro, rapazola de vinte e três anos de idade, um ano mais novo que a mulher mais desejada de toda a Província de São Paulo.
         Contava com a idade do príncipe, seu auxiliar, o alferes Francisco de Castro Canto e Melo, irmão de Domitila, que o acompanhava naquela eventualidade.
            Naquele fatídico, para o Monsenhor, 29 de agosto de 1822, D. Pedro e Domitila se ajuntam pela primeira vez. Mais tarde, numa carta, que escreve à amante, em 31 de agosto de 1828, rememora aqueles sucessos.
         D. Pedro era um femeeiro essencial reiterado, tipo permanentemente abrasado pela sofreguidão sexual.
        Quem observa a Marquesa de Santos, em óleo de Francisco Pedro do Amaral, lê em seus olhos o superlativo dos desejos da carne. E ela, naquela data, exercita a sua “coisa” e domina o futuro Imperador, que mais tarde lhe envia, de lembrança, um punhado dos próprios pêlos pubianos.
         Quando ela aciona o seu relógio, marcador dos segundos e minutos de delírios, estes foram tantos e com tão diversos, o Monsenhor perde sua alcova. Porém, mais tarde, a pedido dela, o Imperador, o indica ao Papa e se torna o V Bispo da Diocese de São Paulo, Dom Manuel Joaquim Gonçalves de Andrade. Perdeu o relógio febril da carne, porém, guardou um outro, de bolso, que lhe havia ganho como lembrança e, segundo Carlos Lacerda, descendente de Maria Emília Gonçalves de Andrade, sobrinha de um dos dois mulherengos, em sua obra “A Casa de Meu Avô”, passou a pertencer à uma sua prima, que residiu na Praça da República, em São Paulo.

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